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Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2024 - 07:22:18hs

Adolescente morto por causa de boato implorou para que não o matassem.

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Por Redação RegionalMS
Adolescente morto por causa de boato implorou para que não o matassem.

O adolescente Bruno Ávalos, de 17 anos, foi morto em uma espécie de 'tribunal do crime', em Deodápolis (MS). Investigação aponta que um dos criminosos estava inconformado com o suposto relacionamento da filha com a vítima e fez falsa acusação.

O adolescente Bruno Ávalos, morto aos 17 anos em uma espécie de "tribunal do crime", implorou para que não fosse morto por um grupo de homens ligados a uma facção, em Deodápolis (MS). A vítima apelou para não morrer em um vídeo gravado pelos criminosos. O registro da execução foi compartilhado nas redes sociais após o crime.

"Rafa, não é eu, Rafa!", implorou Bruno nas últimas palavras."Rafa" é um dos criminosos responsável pela morte de Bruno. Toda a execução do adolescente foi filmada e compartilhada em redes sociais. No vídeo, a vítima implora pela vida e logo desmaia. Bruno foi morta ao ser ligada falsamente a um boato.

 

Bruno teve a morte encomendada por Fabiano Alves Capelaxio, de 37 anos, que é pai de uma menina com quem o adolescente mantinha um suposto relacionamento, segundo a investigação da polícia.

Conforme as informações da polícia, Fabiano não aceitou o envolvimento entre a filha dele e Bruno. Após, o homem criou um boato de que a filha havia sido estuprada por Bruno, planejou o crime e participou da execução do adolescente.

A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou as prisões preventivas dos cinco homens que mataram o adolescente Bruno. A audiência de custódia dos presos foi realizada, em Deodápolis, durante a noite dessa segunda-feira (15).

A decisão foi assinada pela juíza Natalia Devechi Picoli Antunes. Eles devem ser encaminhados a um presídio nos próximos dias.

De acordo com as informações apuradas pelo g1, os presos são:

Ryan Lucas Teixeira Salustriano, 19 anos;

João Pedro Leoncio de Lima, 19 anos;

Rafael Kennedy da Silva Alves, 19 anos;

Fabiano Alves Capelaxio, 37 anos;

Erik Henrique da Silva de Jesus, 21 anos.

 

Crime

Bruno Avalos, de 17 anos, foi executado no "tribunal do crime" após ter sido acusado de estupro, de acordo com a polícia. O crime aconteceu no sábado (13) e, a Polícia Civil de Deodápolis, no interior de Mato Grosso do Sul, afirma que a vítima nunca cometeu o ato.

A execução do adolescente foi filmada pelos acusados, que fazem parte de uma facção, e o vídeo foi publicado em redes sociais. O assassinato só foi confirmado nesta segunda-feira (15).

A execução do adolescente foi encomendado por Fabiano Alves Capelaxio, pai de uma menina com quem o adolescente mantinha um suposto relacionamento, segundo a investigação da polícia. O homem não aceitou o envolvimento entre os dois e planejou o crime.

Os cinco envolvidos no crime confessaram à polícia que armaram uma emboscada para atrair Bruno até o local onde ocorreu a execução. De acordo com o depoimento, o grupo sequestrou o tio do jovem e ligou com o objetivo de atraí-lo até a área rural do município, onde foi morto.

 g1 MS

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