Chuvas e caramujos: biólogo explica a forma correta para afastar animais

Chuvas e caramujos: biólogo explica a forma correta para afastar animais do quintalOs caramujos se alimentam de matéria orgânica e quintais sujos podem atrair os animais. O manuseio deve ser feito com luvas para evitar o contato direto da pele com mucosa que pode causar doenças.

Quando chega o período de chuva é comum encontrar caramujos em quintais e ruas. Para evitar que esses animais apareçam é importante seguir algumas orientações. O cuidado deve ser redobrado, já que alguns caramujos podem conter verme na mucosa, que pode transmitir doenças.

A TV Anhanguera conversou com o biólogo da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), Anderson Brito, que explica a forma correta para manusear e descartar os caramujos.

Por precisar de umidade, o caramujo pode ser encontrado no início da manhã e final da tarde, quando não há tanto sol. Nesse período é indicado que se faça a catação dos animais com uma luva para evitar o contato direto com os bichinhos. O biólogo explica que molhar um pano com cerveja pode atrair o caramujo e facilitar na hora de pegar esses animais.

"A catação é o procedimento correto. Você vai catar do inicio da manhã ou no final da tarde. Eles acabam saindo protegidos da luz, e fica mais fácil visualizar. Você também pode atrair esses animais umedecendo um tecido com cerveja, para que eles sejam atraídos", disse.

Depois de pegar o caramujo, a pessoa deve seguir algumas medidas:

Colocar dentro de um sacoColoca cal virgem ou salEnterrar ou proteger esse saco para descartar no lixo domésticoAnderson alerta que caso seja utilizado o sal é necessário ter cuidado para não afetar o solo. "Não é recomendado jogar sal no terreno porque além de não ser muito eficiente, vai causar um distúrbio no ambiente. Então esse sal vai mudar o solo e daí pode matar as plantas que estão no local e outros animais que vivem nos locais".

Caramujo em época chuvosa

"A catação é o procedimento correto. Você vai catar do inicio da manhã ou no final da tarde. Eles acabam saindo protegidos da luz, e fica mais fácil visualizar. Você também pode atrair esses animais umedecendo um tecido com cerveja, para que eles sejam atraídos", disse.

Depois de pegar o caramujo, a pessoa deve seguir algumas medidas:

Colocar dentro de um sacoColoca cal virgem ou salEnterrar ou proteger esse saco para descartar no lixo domésticoAnderson alerta que caso seja utilizado o sal é necessário ter cuidado para não afetar o solo. "Não é recomendado jogar sal no terreno porque além de não ser muito eficiente, vai causar um distúrbio no ambiente. Então esse sal vai mudar o solo e daí pode matar as plantas que estão no local e outros animais que vivem nos locais".

Os caramujos costumam proliferar durante o período chuvoso porque é a época em que há mais umidade para que os ovos possam eclodir.

"Esses caramujos colocam ovos, enterram esses ovos que ficam no período seco protegidos dentro do solo e quando começa a chover e entra em contato com a umidade eles acabam eclodindo. Então locais onde tem mato ou alguma coisa que acaba protegendo eles do sol, desse calor e tenha bastante umidade, eles acabam proliferando", explicou o biólogo.

Anderson também conta que como os caramujos se alimentam de matéria orgânica como plantas e frutos em decomposição, é importante limpar os quintais para evitar a proliferação.

 

Doenças

O caramujo produz o muco. E nesse muco pode ter um verme. Não são todos os animais que contém esse verme, mas para evitar as doenças é recomendado não pegar no caramujo sem uma luva ou algo que proteja a mão.

"Esse verme pode transmitir dois tipos de doença, que é a angiostrongilíase meningoencefálica, que é uma meningite [inflamação que atinge as membranas que revestem o cérebro e medula espinhal]. E a angiostrongilíase abdominal, que causa perfurações no abdome. São doenças que podem causar sequelas e até a morte, no caso da meningoencefálica.

A doença é transmitida ao pegar no caramujo com alguma ferida na mão ou pegar no muco e colocar na boca ou olhos.

 

 

Por Stefani Cavalcante, Betânia Sousa, g1 Tocantins e TV Anhanguera