Terça-feira, 17 de Junho de 2025 - 17:23:02hs
Golpistas usam dados de empresário para fraudar contratos de venda de grãos, em Alcinópolis
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Um golpe envolvendo contratos falsos de compra e venda de milho está preocupando empresários do setor agropecuário na região. Criminosos estão utilizando dados pessoais, CNPJ, inscrição estadual e até fotos de redes sociais para firmar contratos fraudulentos, se passando por produtores e comerciantes.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Alcinópolis, após a vítima, um produtor rural de 59 anos, tomar conhecimento de novos contratos fraudulentos feitos em seu nome. Segundo o relato, os golpistas afirmam que os contratos foram assinados digitalmente via GOV.BR, o que foi desmentido após checagem técnica com contador e análise do próprio sistema.
"Fui até o escritório do meu contador em Costa Rica e tivemos o esclarecimento que os contratos não foram assinados pelo GOV. Meu GOV não foi acessado. Então é um golpe de contrato", destacou a vítima ao Regional MS.
A tentativa de golpe foi descoberta após um corretor de grãos entrar em contato questionando sobre um suposto contrato firmado para venda de 30 mil sacas de milho. “Falei, não, não foi comigo. Eu não faço esse tipo de coisa. Minha empresa é pequena, eu compro pouco e vendo fracionado”, explicou.
Os criminosos chegaram a criar um e-mail falso em nome da empresa e usaram fotos da vítima retiradas do Facebook, além de números de telefone desconhecidos para negociar com terceiros. “Criaram um e-mail usando meu nome, um ‘financeiro’..., e passaram a aplicar os golpes”, acrescentou.
O golpe gerou repercussão, levando outros envolvidos a procurarem a vítima acreditando que ela teria firmado contratos. "Dizendo que o patrão teria comprado 5 mil sacas desse milho e que se não resolvesse, me acionaria judicialmente", contou.
Ao verificar o histórico de acessos ao GOV.BR, foi confirmado que não houve qualquer login ou assinatura via plataforma oficial, reforçando que os documentos são totalmente falsificados. “Esses contratos não têm respaldo jurídico. Nem pelo GOV eles foram assinados. Foi usado algum outro aplicativo ou ferramenta”, disse.
A Polícia Civil investiga o caso, que tem características de estelionato digital. O alerta é para que empresários redobrem a atenção com seus dados, principalmente no ambiente online.
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