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Segunda-feira, 02 de Setembro de 2024 - 16:46:39hs

Horário eleitoral perdeu para as redes sociais.

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Por Manoel Afonso
Horário eleitoral perdeu para as redes sociais.

‘PEGA PRA CAPAR’: Com o início do horário eleitoral e os partidos tendo suas  chapas definidas, presume-se que seus candidatos tenham na ponta da língua suas propostas. Dizem que as eleições não se repetem, mas é possível, mesmo com nomes diferentes, que o cenário guarde semelhanças com pleitos anteriores. Vejamos:

FADIGA-1: Naquelas eleições de 2012 o MDB de Puccinelli detinha a maioria das representações, dava as cartas, mandava de cabo a rabo no Mato Grosso do Sul. Seu candidato Giroto teve 15 partidos aliados e com 245 candidatos conhecidos e de relativo prestígio do total de 501 postulantes que concorreram à Câmara. Certo?

FADIGA-2:  Apesar da pressão o então deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) chefiou a ‘rebelião’ e foi candidato a prefeito (vice Rose) em coligação com PPS, PHS, PMN e PIN tendo 137 candidatos à Câmara. Vander Loubet (PT) saiu candidato com 43 postulantes à vereança e Marcelo Bluma (PV) viabilizou sua candidatura coligado com o PT tendo 33 candidatos.

FADIGA-3:  Apesar das propostas tentadoras Alcides Bernal resistiu e confiando nas pesquisas favoráveis saiu candidato tendo como vice o pastor vereador Gilmar Olarte do PROS. Foram 28 os seus candidatos a vereança. PSOL, PSTU também concorreram, respectivamente com professor Sidney e Suel Ferranti, defendendo suas bandeiras.

COMPARAÇÕES: Cabe sim ao jornalista o exercício das possibilidades, por mais descabidas que possam parecer. O processo da fadiga pode estar ocorrendo no imaginário eleitoral campo-grandense. O PSDB estaria desgastado pelo continuísmo, o mesmo fenômeno que Reinaldo combateu no MDB em 2012. Só as siglas mudaram de posição.

CAUTELA: Os números das pesquisas podem ser um espetáculo de mera ilusão. Pode sim haver reversão com o horário eleitoral. Tudo é possível. Mas hoje, o candidato Beto Pereira (PSDB) lançado e defendido pelo ex-governador Reinaldo tem a missão de melhorar urgentemente nas pesquisas, sob pena de desanimar sua militância

TELINHA: Ao contrário de 2012, segundo os especialistas em mídia, as redes sociais tem hoje mais influência do que o próprio horário eleitoral na televisão. Para eles, a tendência é que o eleitor assista apenas aos programas eleitorais nos primeiros dias por conta da mesmice das falas.  Pesquisas já comprovam essa tendência.

QUESTÕES-1: Fatos ao longo da campanha podem mudar o quadro. Aquela facada ajudou eleitoralmente o candidato Bolsonaro. Escândalos, discursos impróprios e desempenho decepcionante em debates também tem influência na opinião pública. Sempre lembro que em política vale mais a versão do fato, do que o próprio fato.

QUESTÕES-2:  O pleito na capital poderia se transformar numa espécie de prévia das eleições de 2026? Fala-se desta possibilidade após o anúncio das visitas de Bolsonaro, da primeira dama Janja e do deputado Ciro Nogueira (PP). Ainda é cedo para avaliar o peso destas presenças na campanha para reforçar seus respectivos representantes.

OPINIÕES:  A exemplo do futebol, nas eleições há os ‘especialistas’ que ressaltam o poder de fogo político das maquinas públicas. Claro que é possível e vai depender de um conjunto de fatos e ações. Em 2012 também havia essa expectativa - cujo resultado nos remete a tese de que na política nem sempre 2 mais 2 resulta em 4.

BETO x ROSE: Na identificação com o eleitor ele está em desvantagem. Os seus mandatos parlamentares exigiram a presença física no estado, se distanciando do dia a dia da capital. Já Rose, ativa em várias campanhas locais, tem eleitorado cativo e popularidade consolidada.  Prioriza temas locais e foge do embate esquerda-direita. Navega bem desviando dos ‘rochedos’.

PREFEITA:  Superou as expectativas no projeto arrojado de formar seu grupo político. Num ambiente disputado - Adriane reforçou a base política com a senadora Tereza Cristina e vereadores. Vem mostrando o resultado de sua gestão em vários setores e aposta no reconhecimento do eleitor. Vontade e garra não lhe faltam.

BOLSONARISTAS:  Estariam camuflados para se definirem aqui na capital? Eles representariam na verdade qual porção da direita? A propósito, o ex-deputado Rafael Tavares é candidato à vereador pelo PL e segundo informações, em seu comitê haveria duas fotos, do ex-presidente americano Donald Trump e do presidente argentino Javier Milei.

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