Quinta-feira, 10 de Novembro de 2022 - 08:02:59hs
Jamil Name Filho e mais 2 serão julgados em 2023 por morte de estudante
Matheus Coutinho Xavier foi executado aos 19 anos, por engano...

Quase quatro depois da morte do estudante Matheus Coutinho Xavier, três réus serão levados a julgamento no dia 15 de fevereiro de 2023, em Campo Grande. O processo estava suspenso por conta de idas e vindas de recursos da defesa dos acusados, que tentavam anular a decisão que os mandou a júri popular..
Conforme despacho anexado ao processo ontem (8), Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial civil Vladenilson Daniel Olmedo serão levados a julgamento pela 2ª Vara do Tribunal do Juri, às 8h, em Campo Grande. Eles vão responder por homicídio qualificado por motivação torpe, sem chance de defesa à vítima e porte ilegal de arma.
Acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier foi morto aos 19 anos, no dia 9 de abril de 2019, vítima de atentando que teria como alvo o pai dele, o ex-policial Paulo Roberto Teixeira Xavier. A investigação da Polícia Civil apurou que Xavier era desafeto do grupo comandado por Jamil Name, o “Velho”, e Jamil Name Filho.
Os acusados foram presos em dezembro de 2019, na Operação Omertà, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigar a atuação do grupo de milicianos comandado por pai e filho.
De acordo com a investigação, Olmedo e Rios eram de confiança da família e gerentes do grupo miliciano, responsáveis por receber as ordens e repassá-las aos demais membros da quadrilha.
Jamil Name teve o nome excluído do processo depois de sua morte, em maio de 2020, vítima de covid-19.
O processo foi desmembrado para outros dois réus, por estarem foragidos: José Moreira Freixe, o “Zezinho”, e Juanil Miranda Lima. Os dois, segundo a acusação, seriam os pistoleiros, responsáveis pela execução.
José Moreira Freixe, o “Zezinho’, que foi morto em troca de tiros com a polícia militar, em Mossoró (RN), em dezembro de 2020. Juanil Miranda ainda está foragido e, neste caso, a Justiça determinou a suspensão dos trâmites até que ele seja recapturado.
Demora – Em agosto de 2020, a Justiça de Campo Grande chegou a marcar o julgamento para o dia 28 de outubro daquele ano. A defesa de Jamil Name Filho tentou anular a decisão, recorrendo até o STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob alegação da falta de garantias constitucionais do réu, como direito à ampla defesa e do princípio da isonomia. Os recursos chegaram a ser deferidos em caráter liminar, mas caíram nos julgamentos posteriores.
No despacho publicado ontem, o juiz Aluizio Pereira dos Santos considera que não há tempo hábil para julgamento este ano, por conta da extensa pauta já prevista para 2022. Também manteve a prisão dos acusados.
Engano – O atentando aconteceu por volta das 18 horas, na frente de casa de Matheus Xavier, no Bairro Jardim Bela Vista. A investigação apurou que ele foi morto por engano, pois estava manobrando o carro do pai. O rapaz foi morto com sete tiros e o disparo fatal o atingiu na base do crânio..
CGNEWS
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