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Quinta-feira, 07 de Março de 2024 - 09:37:48hs

Pecuaristas defendem subsídio de R$ 35 para famílias atendidas por programa

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Por Redação RegionalMS
Pecuaristas defendem subsídio de R$ 35 para famílias atendidas por programa

Pecuaristas de MS defendem subsídio de R$ 35 para famílias atendidas por programas do governoO objetivo do programa é fomentar o consumo de carne além de atender uma população em situação de vulnerabilidade.

Com a queda de consumo da carne no país, pecuaristas de Mato Grosso do Sul, apresentaram para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a proposta do "Programa Carne no Prato" para atender população em vulnerabilidade.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul, Guilherme Bumlai, conversou com o Correio do Estado, e explicou que a proposta pode movimentar toda a cadeia produtiva, incentivando outros setores relacionados, gerando criação de emprego.

No Brasil, houve uma queda significativa de consumo carne bovina per capita da população. Para se ter noção, o ano de 2023 apresentou o menor nível em 20 anos. "O Brasil atingiu 24,2 quilogramas (kg) por habitante, o menor nível desde 2004. Segundo relatório divulgado pela Agência Brasil, foi o quarto ano seguido de queda no consumo por habitante", garante a entidade.

O baixo consumo da carne vermelha acarreta diretamente no valor da arroba do boi, que está baixa, não compensando para o produtor rural a comercialização. Já que com o valor recebido não cobre o que foi investido no rebanho com insumos. 

A proposta visa um subsídio para famílias em vulnerabilidade - atendidas pelo Bolsa Família -, que receberiam aproximadamente R$ 35 e poderiam consumir até um quilo e meio de carne vermelha por mês.

"Precisamos incentivar o consumo para poder vender os animais que estão sobrando no pasto e enxugar o mercado. Consequentemente, paga-se  melhor preço ao produtor quando tiver menos animais sendo ofertados".

A quantia de gado no país, segundo o presidente da Acrissul, é de aproximadamente 2,3 milhões.  O mercado de exportação representa apenas 20% enquanto o interno corresponde a 80%. 

"A exportação não é o suficiente para que a gente tenha preços melhores para o produtor. Ela ajuda porque o frigorífico precisa de uma carne de qualidade e acaba melhorando para o frigorífico, mas para o produtor, não", diz Bumlai.

"[Como] 80% dos animais abatidos são para o mercado interno, precisamos que a população consuma mais para que a gente possa ter mais necessidade de gados abatidos".

A partir de então, para atender as famílias cadastradas do CadÚnico - e recebem o Bolsa Família -, se o Programa Carne no Prato for implementado irá resultar em 475 mil toneladas de carne bovina por ano.

"São famílias de baixa renda que são as escritas no CadÚnico, essas teriam acesso ao cartão. Nós pensamos em R$ 35 que seria mais ou menos para comprar 2kg de carne para atender uma família por mês".

Atendendo esse número, o cálculo da Acrissul estima que geraria o abate de 2.350 milhões de cabeças de gado por ano, ou seja, 8% dos animais atualmente abatidos por ano no Brasil. 

"Na verdade, esse é um programa que atende a classe produtora de animais bovinos, atende a indústria frigorífica que vai ter mais demanda, [o que corresponde] a mais geração de empregos, atende aqueles mais necessitados que não tem acesso à proteína vermelha e também temos a geração de impostos porque ao ganhar esse vale valor e ir lá no mercado comprar o produto tem a geração de imposto", destacou o presidente da Acrissul. 

Preço da carne

Com relação ao alto valor no preço da carne para o consumidor final, o presidente da Acrissul, explicou que a pecuária é cíclica, ou seja, tem momentos que a oferta de gado para o mercado será alta e outros não. O que termina pesando no bolso do consumidor, seja no supermercado ou açougue.

"A arroba já esteve a R$ 300, então quando estava nesse valor ajustou-se o preço. Caiu para R$ 220, mas o varejo não acompanhou essa queda na mesma proporção. Então, diminuiu o consumo, isso é um ponto. E a partir do momento que a carne vermelha também está cara, o consumidor começa a comprar outras proteínas. E desenvolve o hábito [de consumir] na sua residência outras proteínas e quando a carne baixa ele já mudou o hábito alimentar", acrescentou Bumlai.

 

 

correidoestado

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